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Criminosos se passam por advogados para aplicar golpes em aposentados

Golpistas pedem valores adiantados para agilizar o andamento de processos judiciais

Golpes que têm como alvo clientes de escritórios de advocacia estão cada vez mais comuns. Os criminosos se passam por advogados conhecidos e pedem valores adiantados para agilizar o andamento de ações na Justiça, no intuito de liberar falsos valores a serem recebidos pelo cliente, como Precatórios, Requisições de Pequeno Valor e Aposentadorias. Por meio de uma consulta na internet, os criminosos conseguem dados de processos judiciais que contêm os nomes das vítimas, fingem ser do escritório de advocacia citado no processo e pedem depósitos de determinados valores.

A advogada Marília Schmitz, da Schmitz Advogados, conta como o golpe tem prejudicado a rotina jurídica. “Os golpistas são criativos e inovam no tipo de abordagem, mas, no geral, dizem que tem um valor a ser liberado e chegam a apresentar cálculo de liquidação de sentença. Às apresentam até mesmo os números reais do processo. Quando a pessoa liga para o número indicado nas mensagens, eles dizem estar ocupados, alegando, por exemplo, estarem em audiência”, relatou ao contar que, somente neste ano, o escritório sofreu três tentativas desse golpe.

Marília orienta que, para evitar esse tipo de fraude, é importante que as pessoas confirmem os números telefônicos oficiais dos escritórios de advocacia antes de realizar qualquer pagamento. “Sempre confira os números oficiais, não responda números desconhecidos que tratem dos processos jurídicos e observe todas as informações, porque, às vezes, os golpistas informam dados que não conferem com os reais”.

Outra característica comum são erros de português e a forma como os clientes são tratados. “Às vezes há erros grosseiros, como suprimir letras ou outros, de português. Alguns perdem a paciência e tratam os clientes com pressa ou até grosseria para pressionar a pessoa a realizar o depósito logo”, alerta a advogada.

Ela recomenda também que os usuários evitem clicar em qualquer link enviado por SMS, WhatsApp ou outra rede social, quando o conteúdo for jurídico, mas de números desconhecidos. É importante, ainda, que não repassem, aos golpistas, os códigos recebidos como mensagem de celular.

Dependendo do tipo de golpe, a ação pode ser enquadrada como crime de estelionato, fraude e/ou falsidade ideológica. Por isso, caso a pessoa perceba esse tipo de golpe, é importante denunciar em uma delegacia física ou virtual e a entidades competentes, como Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil. Além disso, é possível denunciar nas próprias redes sociais, como alternativa para informar novos usuários sobre as tentativas de golpes identificadas.

Além das denúncias, para ajudar no processo de investigação, é importante guardar as provas do crime, como mensagens, e-mails, prints, comprovantes de transferências bancárias, entre outros.

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Marília Schmitz

Especialista em Direito Previdenciário com escritórios no Rio Grande do Sul e Espírito Santo. (OAB RS 079915)

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